uma introdução à iot

Uma introdução à IoT

Ok, falamos bastante aqui sobre Helium, mineradores e detalhes sobre a rede. Mas afinal, qual o benefício disso para IoT ?

uma introdução à iot

Primeiro, o que é IoT ?

O termo vem de “Internet of Things” ou, em português, Internet das Coisas.

Esse termo surgiu em 1999, sendo utilizado pelo pesquisador britânico Kevin Ashton do MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Na prática significa conectar dispositivos à internet e conseguir gerar comodidade e/ou eficiência em algum processo.

Pareceu muito subjetivo ou amplo? Imagino que sim…então vamos tentar melhorar um pouco mais a explicação dividindo em algumas etapas e exemplificando…

PROBLEMA: melhorar a eficiência da irrigação na agricultura

SOLUÇÃO PROPOSTA: coletar dados de umidade do solo e irrigar apenas ONDE e QUANDO for necessário

Se olharmos para esse exemplo, temos na solução o “O QUE” pretendemos fazer, mas não o “COMO” será feito.

No nosso caso, vamos pensar em uma solução que envolva tecnologia e IoT…

camadas iot

Para isso acontecer, entre o problema e a solução existe um caminho que envolve outras etapas…Vou apresentar de forma simplificada uma proposta de solução abaixo:

ETAPA 1: COLETAR os dados de umidade do solo a cada 5 min utilizando sensores

ETAPA 2: ENVIAR esse dado por uma rede sem fio para a internet

ETAPA 3: ARMAZENAR essa informação em algum lugar na internet, como por exemplo, em um servidor na nuvem (por ex. Google Cloud)

ETAPA 4: ORGANIZAR e PROCESSAR essa informação para que ela seja útil para nós

ETAPA 5: APRESENTAR essa informação processada para que seja possível tomar uma decisão

iot na agricultura

No final, as informações servem para que tomemos a decisão do local que devemos irrigar e o melhor horário para isso.

A ação de irrigar pode ser AUTOMATIZADA ou feita MANUALMENTE, mas isso seria outra etapa do processo.

O que importa é que estaremos captando um volume de dados enorme e que vai nos ajudar a ter uma boa ideia dos períodos de maior consumo de água.

As consequências de ter uma solução como essa é:

  • Teremos um histórico do consumo de água
  • Vamos evitar irrigação por igual em toda a lavoura
  • Ao irrigar apenas onde necessário reduzimos o consumo de água
  • Ao reduzir o consumo de água podemos ter uma redução no consumo de energia gasta com bombeamento
  • O histórico nos ajuda a ter maior previsibilidade sobre o processo de irrigação
  • Há uma melhoria de eficiência no processo

O que fiz acima foi dar um exemplo de aplicação, mas no final das contas o processo pode ser replicado para problemas diferentes.

O que vai importar é:

1) Qual informação você quer obter?

2) Como essa informação vai te ajudar a solucionar o problema?

Nas etapas intermediárias o responsável pela solução vai ter que tomar várias decisões importantes para viabilizar essa solução, dentre elas:

  • escolher qual sensor utilizar
  • escolher qual tipo de tecnologia de rede sem fio
  • qual provedor de rede
  • qual o serviço de armazenamento
  • qual plataforma de apresentação dos dados

Algumas etapas o responsável pela solução pode até mesmo desenvolver, seja um hardware ou um software de sua propriedade. Mas tem que verificar se realmente vale a pena investir tempo e recursos para isso ou utilizar algo que já existe no mercado.

Sua realidade….

Provavelmente você já utilizou serviços de tecnologia como o Uber, mas você já parou pra pensar como isso funciona?

Graças ao seu smartphone!

O smartphone é um dispositivo que possui vários sensores embutidos em seu hardware. Geralmente, sensores para determinar sua localização via GPS, de aceleração, sensores para determinar se seu celular está inclinado, na vertical ou horizontal, sensores de proximidade, sensores para medir a iluminação…

aplicativo device info

O aplicativo acima, chamado Device Info, traz dentre suas várias funções as informações sobre os sensores disponíveis no seu smartphone. Dessa forma é possível ter uma ideia do quanto de informação é possível coletar e quanto de tecnologia temos embarcada em um celular.

O smartphone é “smart” porque consegue em um único dispositivo colher diversas informações (ETAPA 1) e enviar por uma rede sem fio como 4G/5G/WiFi essas informações para algum lugar (ETAPA 2).

Poxa, mas pra onde?

Sabe quando você aceita os termos e condições de algum aplicativo? Então…

As permissões servem para que você autorize o acesso aos dados necessários para que aquele app faça o que promete (ETAPAS 3, 4 e 5).

Isso já é algo que nem costumamos pensar muito, pois nos importamos com a solução dos problemas que aquela solução/app vai nos trazer. No final das contas, já estamos habituados com isso.

Afinal, o Google tem histórico da sua localização e o que você faz na internet, o Instagram sabe seus gostos pessoais de acordo com seu comportamento no app, o Youtube traz vídeos de acordo com seus interesses, assim como a Netflix e outros streamings de vídeo.

Não quero te alarmar sobre segurança de dados, isso é discussão para outro post.

O que quero deixar claro é que graças a evolução tecnológica os dados obtidos através de soluções como essas conseguem trazer comodidade e eficiência em várias áreas diferentes.

No exemplo do post de hoje, por exemplo, foi possível imaginar impactos positivos para o meio ambiente, do ponto de vista da redução no consumo de água na agricultura e, provavelmente, redução do consumo de energia.

Obviamente uma análise mais aprofundada vai trazer números mais precisos em termos de viabilidade técnica e financeira. Mas já é um caminho para nos debruçarmos e buscarmos mais soluções para problemas do nosso dia a dia.

E onde entra a Helium nessa história ?

A Helium Network é uma de várias propostas de rede que existem para resolver problemas de IoT e outros tipos de rede…

Sim, já existem outras redes para IoT no planeta, a Helium não foi a primeira e nem vai ser a última, se é isso que te preocupa rs

A rede se encaixa na ETAPA 2, pois o hotspot Lorawan nada mais é do que a ponte entre os sensores e o servidor onde as informações serão armazenadas e processadas.

O modelo de negócio da Helium é que traz alguma diferenciação, principalmente pelo fato da infra-estrutura ter um aspecto de descentralização ao utilizar de hardware e partes de sua estrutura de software de código aberto.

Olhando para o modelo de negócio que incentiva a compra de hotspots que ajudam na etapa 2 do processo e remunera seus donos com criptomoeda, criou-se uma rede enorme em pouco tempo.

Um fator relevante é que a infra-estrutura deixaria de ficar limitada a agentes intermediários da indústria de Telecom e passaria a ficar com os donos de hotspot. Obviamente com suas devidas limitações, mas contribui para expandir cobertura em locais que empresas provedoras de redes para IoT não chegam a um custo baixo.

Além disso, traz um conceito de rede pública acessível e ampla.

Há o fato de que toda essa estrutura ficar a cargo da Nova Labs, criadora da Helium. Mas o nível de abertura da tecnologia ainda se mostra maior do que em vários outros casos existentes no mercado.

Então se for pra resumir o “pulo do gato” da Helium, na minha opinião, foi:

  1. O fato de criar um modelo de negócio de incentivo à aquisição de hardware escalável e que pode ser replicado
  2. Reduzir o número de intermediários na implantação de infra-estrutura de Telecom
  3. Descentralizar a propriedade dessa infra-estrutura para os proprietários do hardware

Então pra você que ainda tem dúvidas sobre a rede e seu potencial de uso, meu conselho é se aprofundar um pouco mais nesse mercado para entender o que há de possibilidades e quais problemas podem ser resolvidos com esse projeto.

Tudo ainda é muito novo, então vá com calma, pesquise mais primeiro. Afinal, toda a tecnologia presente no seu smartphone não foi desenvolvida em apenas 2 anos. Todo um novo mercado não é criado em apenas 1.

Minha expectativa é de que o projeto se consolide e ganhe mais tração, correções ocorram ao longo do caminho e novas oportunidades surjam.

Seja paciente 😉

Espero que tenha gostado do conteúdo!

Não se esqueça de nos seguir nas redes sociais e compartilhar esse material para que mais pessoas possam conhecer sobre essas inovações no mundo da IoT, Telecom e Web3.

Um abraço e até o próximo artigo semana que vem 😉

Caso você ainda não entenda muito sobre Helium, queira a ajuda de um especialista antes mesmo de investir em um hotspot ou precise de ajuda para otimizar sua instalação é só se inscrever na Consultoria para Rede Helium e agendar um horário comigo preenchendo o formulário no link abaixo:

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2 comentários

  1. Esse exemplo que você trouxe é um ótimo exemplo de “otimização” que aprendi em cálculo 2 na minha graduação. O gasto nos sensores e nos DCs da rede Helium é muito mais barato do que o gasto de “desperdício” de água em locais que não precisam muito. Tenho certeza que o agricultor de grande porte prefere gastar com inteligência para ter essa eficiência.
    A solução que a helium trará no futuro será recompensador, e o bom disso tudo é a limitação dos 223M de tokens apenas, então melhor comprar sorrindo agora que comprar chorando no futuro demandado por HNT.
    Obrigado por essa contribuição em artigo Elvis!

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